Faculdades do Rio de Janeiro voltaram a recomendar o uso de máscaras devido ao aumento de casos de Covid no estado. Até esta terça (8), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e a Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) já tinham divulgado tais medidas preventivas.
O g1, então, reuniu as orientações de cada uma das universidades, para que alunos, professores e funcionários possam se adaptar aos pedidos.
UFRJ
A postura foi adotada ainda na quinta-feira (3) pela UFRJ, a partir de uma nota técnica pelo entro de Triagem Diagnóstica (CTD/NEEDIER). Após um aumento nos testes positivos, de 2,6% em setembro para 18,3% em outubro, a orientação é que as máscaras sejam usadas em ambientes fechados ou com aglomeração.
O texto ainda detalhou as medidas tanto para pessoas com sintomas gripais quanto para quem teve contato com alguém contaminado com Covid, valendo para funcionários e alunos. O ideal é que testes sejam feitos Veja abaixo:
Para sintomáticos
Afastamento imediato e comunicar à coordenação do curso ou à chefia imediata. Programar testagem preferencialmente entre o 2º e o 5º dia.
Se positivo: afastar-se por 10 dias (mínimo de 7 dias) a partir do início dos sintomas.
Se negativo: aguardar o diagnóstico laboratorial (RT-PCR). Se positivo: afastar-se por 10 dias (mínimo de 7 dias) a partir do início dos sintomas. Se negativo: retornar às atividades, se estiver sem sintomas.
Comunicar o resultado do teste à coordenação ou chefia imediata.
Para assintomáticos que tiveram contato com alguém com Covid
Manter as atividades, mas, “preferencialmente”, com o “uso contínuo de máscara N95 ou PFF2”.
Comunicar a situação à coordenação do curso ou à chefia Imediata.
Entrar em contato com a equipe do CTD pelo e-mail [email protected] para avaliação da situação e necessidade de testagem. Se for indicado o teste, fazê-lo “preferencialmente, do 5º ao 7º dia após a exposição de risco utilizando RT-PCR”.
Se positivo: afastar-se por 10 dias (mínimo de 7 dias) e retornar às atividades sem testar novamente, se estiver sem sintomas.
Se negativo: retornar às atividades “com precauções até completar 10 dias da exposição, mantendo, preferencialmente, o uso de máscara N95 ou PFF2”. Em caso de sintomas depois disso, a pessoa deve fazer um novo teste.
Uerj
No domingo (6), foi a vez da Uerj fazer orientações: o uso de máscaras é obrigatório a quem estiver com sintomas gripais, mesmo que tenha feito teste de Covid e dado negativo.
A recomendação à comunidade acadêmica é usar máscara em locais fechados ou “onde o distanciamento mínimo de 1 metro não possa ser praticado”. Pessoas com comorbidades também são orientadas a continuar usando máscaras.
Cabe à direção do Complexo de Saúde a manutenção ou não das máscaras nas dependências do espaço. A Uerj, no entanto, afirmou que eventos e atividades com a presença do público continuam liberados.
PUC-Rio
Por fim, nesta terça-feira, a reitoria da PUC-Rio pediu que, por uma questão de segurança e preservação em relação ao crescimento de casos” na universidade e para diminuir os riscos de transmissão, a comunidade acadêmica volte a usar máscaras em ambientes fechados ou com aglomeração, como salas de aula e auditórios.
A nota enfatiza que, apesar de os casos no campus sejam “em sua maioria, sem gravidade, semelhantes a uma gripe comum”, o pedido pretende proteger, principalmente, pessoas com comorbidades, que ainda tem maior risco de agravamento.
A PUC-Rio ainda pediu que, para pessoas com sintomas gripais, seja mantida a máscara, independentemente de onde esteja no campus.
ESPM
Já a ESPM negou, por enquanto, as mudanças no protocolo. Em nota, a faculdade afirmou que "está acompanhando atentamente a evolução dos casos identificados", mas que mantém protocolo que prevê o afastamento de alunos e professores com Covid.
O g1 tentou contato com a UFRRJ, UFF, Ibmec e Facha, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
O que dizem as secretarias de Saúde
Tanto a Secretaria Estadual de Saúde do Rio como a Secretaria Municipal da capital dizem que a orientação é para que pessoas com sintomas gripais usem a máscara.
Transmissão local da BQ.1
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS) confirmou a transmissão local da BQ.1, subvariante da ômicron. De acordo com a SMS, a BQ.1 está causando o aumento do número de casos de Covid-19 na cidade.
No sábado (5), a Fiocruz anunciou a primeira confirmação pela subvariante no Rio. É o de uma moradora da Zona Norte do Rio de 35 anos, que tomou as vacinas e passa bem.
A paciente não tinha histórico de viagem, o que comprova a transmissão local. Nas últimas três semanas, a positividade dos exames de Covid passou de 6% para 21%.
O número de pessoas internadas aumentou de 14 para 44 em 15 dias. Atualmente, 98% dos pacientes não tomaram a vacina de reforço e 12 são crianças.
Ao todo, 1 milhão e 600 mil pessoas estão sem proteção contra Covid pois não tomaram nenhuma dose de reforço.