As eleições de 2024 em Além Paraíba continuam cercadas de expectativas, mesmo após o encerramento do primeiro turno. Um episódio notável impactou a política local: a candidatura de Bethânia Reis de Souza Gracioli, que foi eleita vereadora, teve seu registro indeferido por questões legais.
Na quarta-feira, 23 de outubro, o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), presidido pelo desembargador Ramon Tácio, decidiu acatar o pedido de indeferimento da candidatura de Bethânia, filiada ao Partido Republicanos. Apesar da ex-administradora do Hospital São Salvador ter conquistado 392 votos, sua candidatura foi suspensa, resultando na anulação de todos os seus votos recebidos.
Com a decisão, o suplente de Bethânia no Republicanos não poderá assumir a vaga.
A expectativa é que o ex-vereador Gilson Ricardo Ribeiro, conhecido como Gilsinho da Novidade, do PRD, ocupe a posição, já que ele obteve 365 votos nas eleições de 6 de outubro.
A suspensão da candidatura de Bethânia se deu em razão de ela ser irmã do prefeito em exercício, Miguel Belmiro de Souza Júnior. Embora o juiz Dr. Diego Teixeira Martinez tenha inicialmente, em primeira instância, na Comarca de Além Paraíba, rejeitado o pedido de indeferimento feito pelo Ministério Público, a decisão foi contestada pelo próprio MP, resultando na análise recente pelo Tribunal Regional Eleitoral, que decidiu pela nulidade.
A situação levanta questões sobre nepotismo e a aplicação das regras eleitorais, especialmente à luz do parágrafo 7º do artigo 14 da Constituição Federal de 1988, que estabelece a inelegibilidade de parentes de autoridades em determinados contextos.
Bethânia já anunciou, após a recente decisão do TRE, que seu partido irá recorrer da decisão em instância superior, o que poderá resultar em um novo julgamento. O desdobramento desse caso intensifica o debate sobre as complexidades da política em Além Paraíba, refletindo a tensão e a dinamicidade do cenário eleitoral local.
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