Minas é o segundo estado com mais acidentes com escorpiões no país. Foram 38.827 casos no ano passado. O território mineiro ainda responde pela maior taxa de letalidade (0,17%), conforme levantamento do Ministério da Saúde. No Brasil, foram mais de 200 mil ocorrências, a maioria em áreas urbanas. Períodos com temperaturas elevadas e maior umidade relativa do ar aumentam os riscos.
Os dados da pasta federal indicam que 65,92% dos casos foram registrados em centros residenciais e comerciais. As ocorrências nas áreas rurais somam 30,43%. Com relação às vítimas, jovens de 20 a 29 anos são os mais que mais foram picados, seguido pelos grupos de 40 a 49 anos, 30 a 39 anos e 50 a 59 anos.
Os números indicam que 53% das vítimas de picadas de escorpião eram pardas (53%), seguidas por brancas (30%), pretas (7%) e amarelas (1%), sendo que em 8% dos casos não foi identificada raça ou cor do paciente.
O chamado acidente escorpiônico representa o quadro clínico de envenenamento provocado quando o animal injeta a peçonha através do ferrão. Representantes da classe dos aracnídeos, os escorpiões são predominantes nas zonas tropicais e subtropicais do mundo.
Dentre os principais locais de picada, o pé aparece em primeiro lugar (22,56%). Em seguida, estão dedos da mão (22,28%), mão (18,32%), dedos do pé (9,38%), perna (5,63%), tronco (5,38%), braço (4,57%), coxa (3,92%), cabeça (2,64%) e antebraço (2,47%). Em 2,85% dos casos, o local não foi registrado.
De acordo com o ministério, 89% das notificações de acidentes com escorpião registradas em 2023 foram classificadas como leves; 5,99%, como moderadas; e 0,77%, como graves, sendo que, em 4,16% dos casos, o nível de gravidade não foi informado.