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Operação Onipresença: GAECO avança em investigações sobre fraudes na Casa de Caridade Leopoldinense

Investigação revela fraudes, prisões e busca por soluções para garantir atendimento à população.

Redação
Por: Redação
13/12/2024 às 17h06 Atualizada em 16/12/2024 às 12h40
Operação Onipresença: GAECO avança em investigações sobre fraudes na Casa de Caridade Leopoldinense

As investigações sobre suspeitas de fraudes na Casa de Caridade Leopoldinense continuam a avançar. Como parte das diligências, na quinta-feira (12), o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) esteve no Hospital São Salvador, em Além Paraíba, para realizar busca e apreensão de documentos relacionados a médicos que atuam simultaneamente em diferentes locais. Entre os profissionais investigados que também trabalhavam em Além Paraíba estão os médicos Dr. José Luiz Nogueira, Dr. Ivan Corte e Dra. Ellen Bedin.

Nesta sexta-feira (13), agentes do GAECO deram continuidade às oitivas e diligências relacionadas à Operação Onipresença, deflagrada no dia anterior. A operação resultou na prisão temporária de quatro médicos de Leopoldina: Ivan Corte, Ronaldo Guimarães, José Luiz Nogueira e Ellen Bedin.

Os três primeiros estão detidos no presídio de Leopoldina, dividindo cela com outros detentos e recebendo as mesmas refeições. Já Ellen Bedin encontra-se em prisão domiciliar. Contra os médicos foram expedidos mandados de prisão temporária com validade de cinco dias, que podem ser prorrogados a pedido do Ministério Público.

Além das prisões, a operação cumpriu seis mandados de afastamento e vinte mandados de busca e apreensão. Segundo o Ministério Público, os profissionais são investigados pelos crimes de associação criminosa, peculato, falsidade ideológica e exposição de outras pessoas a risco de vida ou saúde.

As suspeitas incluem médicos realizando plantões simultâneos em locais diferentes, executando outros procedimentos quando deveriam atender casos de urgência e emergência no Hospital de Leopoldina, falsificação de documentos, manipulação de escalas médicas, ocultação de erros médicos e desvio de materiais cirúrgicos, entre outras irregularidades.

A provedora do hospital, Vera Pires, foi afastada de suas funções. Ainda na noite de quinta-feira, o prefeito Pedro Augusto Junqueira e membros do Comitê de Gestão de Crise se reuniram com o corpo clínico do hospital para discutir estratégias que garantam o atendimento à população. O secretário de Saúde, Márcio Machado, informou que a Prefeitura está buscando novas empresas e profissionais para recompor a escala de anestesistas e restabelecer os serviços na Casa de Caridade.

O prefeito também se reuniu com o vereador José Augusto Cabral, membro da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, que sugeriu uma possível intervenção na gestão do hospital por 12 meses, para assegurar o bom funcionamento da instituição.

O setor jurídico da Casa de Caridade Leopoldinense informou que está aguardando acesso aos autos para compreender os detalhes das investigações e que a mesa administrativa do hospital está colaborando plenamente com o Ministério Público.

Apesar das investigações, o hospital informou que os atendimentos continuam e que casos de urgência ou emergência que demandem cirurgias imediatas estão sendo transferidos para Cataguases.

As investigações prosseguem, e novas informações serão divulgadas à medida que o caso avançar.

(Fonte: Da redação do Jornal Agora, com informações da jornalista Liriane Rodrigues Fafians, do Jornal Bom dia Leopoldina)

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