Depois de confirmar os primeiros dois óbitos por dengue em 2025, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais investiga outras 11 possíveis mortes pela doença. Na segunda-feira (27/1), conforme o boletim epidemiológico divulgado pela pasta, seis casos fatais da arboviroses estavam sendo atualizados.
Nos últimos quatro dias, os casos confirmados da arboviroses cresceram 52,5%. Em 27 de janeiro, conforme o boletim epidemiológico emitido pelo Governo de Minas, 3.810 contaminações estavam confirmadas. Já nesta sexta-feira (31/1), as notificações positivas saltaram para 5.812.
Além dos testes positivos para a dengue, os números de casos prováveis também ampliaram em sete dias. Na terceira semana do ano, a Secretaria de Estado de Saúde investigava 4.618 possíveis contaminações. Até o início da tarde de hoje, outros 18.366 casos da doença ainda estavam em investigação.
De acordo com a SES-MG, as mortes por dengue aconteceram no Triângulo Mineiro. A primeira paciente tinha 87 anos e morava em Iturama. Os sintomas começaram em 3 de janeiro, e o óbito foi registrado cinco dias depois. Ela tinha comorbidade.
Já o segundo registro se trata de outra mulher, de 82 anos, moradora de Uberlândia. Os sintomas tiveram início em 5 de janeiro, e a morte foi registrada no dia 13 do mesmo mês.
Logo no início da terceira semana da dengue do ano, o Ministério da Saúde afirmou que Minas já havia registrado dois óbitos pela doença. A informação foi confirmada pela pasta, por meio do painel de monitoramento das arboviroses em 14 de janeiro. No entanto, a SES-MG não atestou as mortes.
Na ocasião, ao Estado de Minas, Eduardo Prosdocimi, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, explicou que a divergência de informações foi ocasionada devido à cronologia do contágio dos pacientes. Isso porque, embora a União tenha confirmado as mortes para o período sazonal de 2025, uma investigação ainda está em andamento.
“Esse tipo de conferência é habitual e, muitas vezes, ocorre também de o município lançar eventualmente um óbito por dengue, sendo que não foi completamente investigado, e precisamos fazer a correção desse dado. Isso é comum, em especial no início do período sazonal que os números ainda estão baixos, então qualquer dado a mais ou a menos gera uma variação percentual muito importante”, disse Prosdocimi.
Apesar de o número de contaminações pela mais típica das arboviroses já estar na casa dos milhares, os dados estão bem abaixo dos registrados na mesma época do último ano. Conforme o painel de monitoramento das arboviroses, na quarta semana epidemiológica de 2024, 103.756 exames haviam testado positivo para a doença - o que equivale mais de 17 vezes os dados atuais. Além disso, na metade do último janeiro, 85 pessoas já haviam morrido em decorrência da doença.