A Justiça aceitou o pedido da defesa da ex-provedora da Casa de Caridade Leopoldinense, Vera Maria do Vale Pires, conhecida como Verinha, e revogou a decisão que a afastava do hospital. No entanto, apesar de suspender o afastamento cautelar, a Justiça ressaltou que, como o hospital está sob intervenção municipal, a decisão não garante o retorno automático de Verinha à instituição. Assim, sua volta depende do interesse dos atuais gestores.
O Ministério Público manifestou-se contrário ao pedido da defesa de Vera Pires, mas a Justiça acatou a solicitação. Verinha foi afastada do cargo em dezembro do ano passado no âmbito da Operação Onipresença, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual (GAECO), que investiga suspeitas de fraudes cometidas na unidade de saúde durante sua gestão.
Ministério Público recorre de decisão sobre anestesistas
A reportagem do ‘Bom dia, Leopoldina’ apurou também que, na terça-feira, 01 de abril, o Ministério Público recorreu da decisão judicial que permitiu a quatro médicos anestesistas de Leopoldina, investigados por suspeitas de fraudes, retornarem ao trabalho na Casa de Caridade Leopoldinense, no Hospital São Salvador em Além Paraíba e em outras unidades de saúde conveniadas ao SUS.
Por meio do GAECO, o Ministério Público entrou com embargos declaratórios solicitando a reforma parcial da decisão, pedindo que os hospitais de Leopoldina e Além Paraíba sejam excluídos da permissão. Dessa forma, os médicos poderiam atuar em outras unidades da rede SUS, mas não nessas duas instituições.
Os promotores justificam o pedido alegando que, conforme a própria decisão judicial, os médicos continuam proibidos de manter contato com as famílias dos demais investigados e com testemunhas. Caso trabalhem na Casa de Caridade Leopoldinense e no Hospital São Salvador, haveria risco de interação com testemunhas da investigação ainda em andamento no GAECO. Agora, o Ministério Público aguarda a decisão da Justiça sobre esse novo pedido.
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