Juíza federal mais jovem do Brasil, Luísa Militão tem três aprovações em concursos públicos. Além da aprovação no Tribunal Regional Federal (TRF-1), ela passou nos certames do Ministério Público da Bahia e da Defensoria Pública de Minas Gerais.
Luísa nasceu em Inhapim (MG) em 18 de janeiro de 2000 e estudou na Escola Professor Jairo Grossi. Aos 16 anos, mudou-se para Viçosa para cursar o último ano do ensino médio no Coluni, Colégio de Aplicação da UFV.
Aos 17 anos, entrou no curso de direito na Universidade Federal de Viçosa (UFV) e, durante a graduação, fez estágio no TRF-1 entre 2019 e 2020, onde começou a se apaixonar pelo judiciário.
"Uma das épocas mais felizes de minha vida, que me fez ficar apaixonada pela justiça federal" contou.
Em 2021, formou-se na UFV e fez um estágio de pós-graduação na Promotoria de Justiça em Inhapim, enquanto estudava para concurso para magistratura em Minas Gerais.
Pelas redes sociais, a magistrada compartilhou como era a rotina de estudos para a aprovação. Segundo ela, foram três anos de muita dedicação, "disciplina e fé", como escreveu em um dos seus posts.
Mas também houve reprovações nesta trajetória. No fim de 2021, Luísa Militão prestou as primeiras duas provas para a carreira jurídica: uma para o Tribunal de Justiça de São Paulo e outra para a Polícia Civil de Minas Gerais. No entanto, ela não foi aprovada para as segundas fases.
Ao perceber que precisava aumentar a carga horária de estudos, a concurseira passou a advogar somente para cumprir o requisito da prática jurídica e elaborou um plano de estudos de 8 horas diárias, divididas entre videoaulas e leituras, além de manter uma rotina de exercícios físicos.
Em maio de 2022, casou-se e mudou-se para Vitória da Conquista (BA) com o esposo. Em dezembro do mesmo ano, passou para a segunda fase do concurso da Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais, mas não avançou para a prova oral.
Então, inscreveu-se em concursos da Advocacia-Geral da União, mas também não foi aprovada para a segunda fase dos certames.
Foi então que, em julho de 2023, prestou as provas para o Ministério Público da Bahia e para o Tribunal Regional Federal, sendo aprovada para as segundas fases dos concursos.
A aprovação no MPBA ocorreu em 15 de maio de 2024, enquanto a aprovação no TRF ocorreu em 31 de outubro de 2024.
Nesse meio tempo, a juíza também foi aprovada para a segunda fase dos concursos da Defensoria Pública de Minas Gerais e da Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo, mas desistiu do segundo, pois a data da prova da segunda fase coincidia com a prova oral do TRF.
Na DPMG, a aprovação ocorreu em setembro do ano passado.
“Muito feliz por ser considerada apta a servir uma instituição gigante, com uma missão institucional importantíssima”, disse Luísa em postagem no dia 13 de setembro, comemorando a aprovação da DPMG.
Oito horas diárias de estudos e exercícios físicos
Após se formar em Direito na Universidade Federal de Viçosa no começo de 2021, Luísa passou a se dividir entre os estudos e o trabalho na Promotoria de Justiça de Inhapim, cidade onde nasceu.
Ao perceber que precisava aumentar a carga horária de estudos, a concurseira deixou o trabalho na promotoria, passou a advogar somente para cumprir o requisito da prática jurídica e elaborou um plano de estudos: 8 horas diárias, divididas entre videoaulas e leituras, além de manter uma rotina de exercícios físicos.
Aos fins de semana, os estudos continuavam de outra forma. Aos sábados e domingos, Luísa praticava o que aprendeu durante a semana, realizando simulados.
Foi em 2025, quando completou 25 anos, que vieram os frutos dos anos de dedicação: aprovada no Ministério Público da Bahia (MPBA), na Defensoria Pública de Minas Gerais e no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Este último concurso foi a realização do grande sonho: tornar-se juíza federal.
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