O corte de árvores realizado pela Energisa, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica em Além Paraíba, voltou a ser alvo de duras críticas por parte da população. Desta vez, a polêmica envolve a Ilha do Lazareto, um dos principais refúgios verdes da cidade, onde árvores localizadas próximas à rede elétrica estão sendo drasticamente podadas.
Moradores e ambientalistas denunciam que a ação está sendo conduzida de forma amadora, sem o devido cuidado técnico ou respeito à vegetação local. Segundo eles, a Energisa não conta com uma equipe especializada em manejo arbóreo, o que resulta em cortes agressivos, que praticamente eliminam a copa das árvores. As podas deixam os galhos expostos, as árvores sem folhas e a paisagem urbana visivelmente afetada.
“É sempre a mesma coisa. Vêm, cortam sem critério, deixam as árvores mutiladas, e ninguém é responsabilizado”, relatou um morador da região da Ilha do Lazareto, inconformado com mais um episódio de intervenção que, para muitos, beira o descaso ambiental.
As críticas à concessionária não são recentes. A cada novo ciclo de poda, multiplicam-se as reclamações nas redes sociais e junto aos órgãos públicos municipais. Os registros fotográficos das árvores danificadas têm circulado com frequência, acompanhados de manifestações que cobram mais responsabilidade e sensibilidade ambiental por parte da empresa.
Especialistas destacam que é possível sim realizar a manutenção preventiva da rede elétrica sem comprometer a saúde das árvores. Técnicas de poda direcionada e planejamento conjunto com órgãos ambientais e prefeitura são alternativas viáveis para garantir segurança e preservar o verde urbano — algo que, segundo os críticos, ainda não foi incorporado à rotina da Energisa em Além Paraíba.
A empresa ainda não se pronunciou oficialmente sobre as recentes podas na Ilha do Lazareto. Enquanto isso, moradores seguem clamando por mudanças no modo como o espaço urbano é tratado, exigindo mais respeito às áreas verdes e ao meio ambiente da cidade.
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