O prefeito de Miraí, na Zona da Mata mineira, Adaelson Magalhães (Republicanos), vai responder à Justiça por suposto uso indevido de bens e servidores públicos em benefício próprio. A denúncia, apresentada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), foi aceita pelo Tribunal de Justiça do Estado e também atinge um ex-secretário de Obras do município.
Segundo a investigação, em 2023, o gestor teria ordenado a canalização de um córrego que passa por um sítio de sua propriedade. A obra teria sido executada com maquinário e servidores da prefeitura, sob a justificativa de combate ao mosquito da dengue. No entanto, o MPMG aponta que não havia registro de surto da doença naquele período e que o objetivo real seria valorizar o imóvel rural, que sediou a Exposição Agropecuária de Miraí no mesmo ano.
O Ministério Público calcula um prejuízo de R$ 49,3 mil aos cofres públicos. A denúncia enquadra os envolvidos por crime de responsabilidade e também por coautoria (artigo 29 do Código Penal).
Adaelson Magalhães foi reeleito em 2024. A reportagem de O TEMPO procurou a prefeitura para ouvir a versão do prefeito, mas ainda não houve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.
Com informações do Ministério Público de Minas Gerais
Reprodução / Prefeitura de Miraí
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