Três são presos por desmatamento ilegal de 30 hectares em Santo Antônio do Aventureiro

Santo Antônio do Aventureiro (MG) — Em uma ação firme de combate aos crimes ambientais, a Polícia Militar de Meio Ambiente prendeu três pessoas envolvidas em um desmatamento ilegal de grandes proporções no município de Santo Antônio do Aventureiro, na Zona da Mata mineira. A operação ocorreu no dia 6 de junho de 2025, como parte da “Operação 250 Anos – Semana do Meio Ambiente”, e resultou na supressão de cerca de 30 hectares de vegetação nativa, sem qualquer tipo de licenciamento ambiental.

A fiscalização identificou duas áreas distintas de desmate: uma de 10 hectares e outra de 20 hectares. Ambas apresentavam vegetação característica da Mata Atlântica em estágio médio de regeneração, classificada como Floresta Estacional Semidecidual Secundária — bioma protegido por legislação federal.

Durante a operação, os policiais localizaram duas máquinas pesadas utilizadas na devastação ambiental, um trator de esteira e um trator de pneus. As máquinas foram apreendidas, assim como um volume expressivo de 2.500 metros cúbicos de lenha nativa, extraída da vegetação derrubada.

Foram detidos no local o proprietário da área, de 31 anos, e dois operadores de máquinas, de 35 e 53 anos. Os três suspeitos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil de Leopoldina, onde foram autuados em flagrante por crime ambiental.

Segundo a Polícia Militar de Meio Ambiente, os envolvidos admitiram que não possuíam autorização legal para realizar o corte da vegetação, infringindo leis ambientais que protegem a Mata Atlântica e exigem licenciamento específico para qualquer tipo de intervenção em áreas com vegetação nativa.

A ação reforça o papel da PM Ambiental no enfrentamento de crimes contra o meio ambiente em Minas Gerais e marca a semana de mobilização em defesa dos recursos naturais. A corporação orienta a população a denunciar práticas ilegais de desmatamento, destacando a importância da preservação das florestas para o equilíbrio ecológico, a segurança hídrica e a qualidade de vida das futuras gerações.