PONTE DO PORTO.
PONTE DO PORTO, VISTA DO POSTO CAIK.
RESGATE DE UMA FAMILIA, NA PRAÇA DA BANDEIRA.
Segundo informou o Secretário Municipal de Obras de Além Paraíba, Levindo Dias, por volta de 21 horas deste sábado, 16 de janeiro de 2016, as águas do rio Paraíba do Sul começaram a baixar. O Paraíba atingiu uma vazão máxima de 3.200 metros cúbicos por segundo na data de hoje— conforme dados repassados por Furnas Centrais Elétricas para a Prefeitura de Além Paraíba. Por volta de 21 horas, o nível do rio começou a diminuir, com bastante rapidez.
No decorrer deste 16 de janeiro, as águas do rio Paraíba invadiram inúmeras residências ribeirinhas ao longo da cidade — do bairro Jaqueira à Parada Breves.
Há 30 anos, “desde 1985” — conforme afirmam os moradores ouvidos pela reportagem do AGORA (que percorreu todos o bairros banhados pelo rio)— o Paraíba não apresentava esse volume de água. Uma grande maioria das casas beira-linha da Jaqueira sofreu com a inundação. No bairro Porto Velho, a água também ganhou as duas ruas principais— Dr. Antônio Augusto Junqueira e até mesmo a Av. José Mercadante. A praça do Porto (Rua Marechal Floriano) ficou completamente tomada pela água— um verdadeiro rio, que chegou a invadir os canteiros da Praça dos Imigrantes/Elias Sahione. Comerciantes do centro da cidade (incluindo parte da rua Adão Araújo) ficaram desesperados. Em menos de três horas, o centro da cidade estava todo tomado. Houve quem conseguisse retirar suas mercadorias a tempo, porém a maioria dos comerciantes teve prejuízos.
Na Ilha do Lazareto, a água também subiu de tal forma que praticamente interditou o acesso à rodoviária, principalmente por veículos pequenos no final da tarde. Chegou a alagar a entrada da CNEC, Escola Sebastião Cerqueira, área das barracas do Parque de Exposições e, principalmente, a área do Sindicato Rural (atingida desde o início da tarde, já que se localiza junto à foz do rio Limoeiro).
O Limoeiro, afluente do Paraíba, ficou represado em sua vazão e isso fez com que muitas residências da Vila Laroca também fossem atingidas pelas águas. Na Travessa Eduardo Nunes dos Santos (em frente à Polícia Militar do meio Ambiente); em becos transversais da Rua Clower Bastos Cortes (Beco da Canjiquinha); Travessa Carlos Alberto Crível Araújo e outros pequenos logradouros da Vila, a água chegou a casas. Por razões de segurança, a ENERGISA cortou a energia elétrica desses locais, no início da noite, tendo os mesmos ficado às escuras.
Na Praça da Bandeira, a Rua Capitão Medeiros de Rezende também transformou-se em um rio. Alguns moradores tiveram que ser resgatados por um bote conseguido pela equipe de Defesa Civil, a qual, através de seu coordenador, Renato Miranda, esteve em atuação desde as primeiras horas do dia, alertando a população e prestando socorro aos necessitados. Ainda na Rua Dr. Tavares, uma moradora, que estava passando mal, teve que ser atendida pelo SAMU. A inundação também atingiu, na Praça da Bandeira, a Rua Dr. Tavares (incluindo a entrada da Granja Três de Outubro) e parte da Av. Dezoito de Julho (nas proximidades da subida para o Morro dos Cabritos).
Em São José, a Rua Barão de São Geraldo— onde fica o Supermercado mais por Menos— ficou alagada no final da tarde de sábado. As águas começaram a baixar por volta de 20 horas. As duas ilhas residenciais— Recreio e Gama Cerqueira— também foram atingidas. A água entrou em muitas casas, causando prejuízos.
No Bairro da Saúde— nas proximidades da saída da cidade, em São José— os bueiros trouxeram à pista as águas do Paraíba. O local virou uma grande piscina.
Nos bairros Matadouro e Parada Breves— conforme registros da reportagem do jornal AGORA, a maioria das casas situadas na parte baixa, junto à linha férrea, foi atingida pelas cheias. Em algumas residências, a água entrou apenas no quintal ou nos fundos das construções, mas alguns outros moradores perderam todos os seus pertences, por não acreditarem que o rio fosse subir tanto em tão pouco tempo.
CHUVAS EM REZENDE, VOLTA REDONDA E PARAÍBA DO SUL PROVOCARAM A CHEIA DO PARAÍBA
Chuvas fortes e de longa duração, desde a madrugada do dia 15 janeiro de 2016, na região de Resende e Volta Redonda (RJ), elevaram o nível do rio Paraíba do Sul. Para complicar mais a situação, voltou a chover, ainda mais forte, sobre a região, da noite de sexta-feira (15) até a madrugada deste sábado (16). Em Volta Redonda, algumas ruas de grande tráfego de veículos (como que fica abaixo do viaduto Pequetito Amorim, no bairro Aterrado) ficaram interditadas.
No município de Paraíba do Sul (também no Sul Fluminense), um temporal provocou alagamentos e inundações na manhã deste sábado. Há muitos desalojados e desabrigados no município. A Prefeitura decretou estado de calamidade pública. Informações divulgadas pela Defesa Civil daquele município dão conta de que choveu aproximadamente 75 mm em 8 horas, e o esperado era 40 mm, o que já é considerado um volume alto. O Rio Paraíba do Sul chegou a 4,15 metros, transbordou e atingiu as casas de toda a população ribeirinha. O nível normal é de 1,10 metros em média. Diversos afluentes também encheram, o que fez aumentar ainda mais o nível do rio.
Choveu também em Sapucaia, Além Paraíba e toda a região (incluindo Petrópolis e Nova Friburgo, na região serrana fluminense).
As águas da inundação do rio Paraíba do Sul começaram a chegar a Sapucaia e Além Paraíba no decorrer da manhã do dia 16 de janeiro. A população ribeirinha da região ficou em estado de vigilância, pois a Defesa Civil alertou para o risco de casas à beira do Paraíba serem invadidas pelas águas. A represa de Piraí teve que abrir suas comportas devido às chuvas de Rezende. Em Anta (distrito de Sapucaia/RJ) também aconteceu a mesma coisa, na usina hidrelétrica de Furnas. Na usina da Light, na Ilha dos Pombos (Carmo/RJ), a vazão foi monitorada e as comportas não puderam ser totalmente abertas para aliviar o volume de água em Além Paraíba, já que o distrito de Porto Velho do Cunha— que fica abaixo da represa— já estava alagado desde o início da tarde.
A reportagem do AGORA no decorrer deste sábado, além de ter percorrido todos os bairros da cidade, também esteve em contato permanente com o Coordenador da Defesa Civil de Além Paraíba, Renato Miranda, e também com o Secretário Municipal de Obras, Levindo Dias. Eles informaram que, por volta de 14 horas, a vazão do rio Paraíba do Sul já tinha chegado a 1.500 metros cúbicos por segundo. Em cinco horas (às 19 horas) essa vazão chegou a ultrapassar 3.200 metros cúbicos por segundo. Felizmente, a partir das 21 horas deste dia 16 de janeiro, o rio começou a baixar. (REPORTAGEM E FOTOS: Marília Muniz/Jornal Agora)
NOTA DA REDAÇÃO:
AINDA É ESTADO DE ALERTA! O Secretário Municipal de Obras, Levindo Dias, afirmou ao Jornal Agora que a vazão da água do rio Paraíba do Sul baixou de 3.200 metros cúbicos (isso por volta de 19 horas) para cerca de 1.700 mil metros cúbicos por segundo (depois de 21 horas). Não conseguimos falar, agora no final da noite, com Renato Miranda, Coordenador da Defesa Civil. Porém, a informação mais recente vem da Polícia Militar (informação obtida pela nossa reportagem junto ao Sargento Rodrigo Correia ( por volta de zero hora dodia 17 de janeiro): a situação atual é de tranquilidade, as ruas da cidade estão livres de água. Entretanto, o estado ainda é de ALERTA EM ALÉM PARAÍBA!!!! Choveu muito em cidades banhadas pelo rio Paraíba do Sul. Esse alerta deve ser seguido por 24 horas. A população NÃO DEVE voltar às suas casa, até o perigo passar completamente e as autoridades comunicarem o fato oficialmente através dos meios de comunicação locais.
MAIS FOTOS ABAIXO:
AREAL DA JAQUEIRA.
PARQUE DE EXPOSIÇÕES, ILHA DO LAZARETO.
BAIRRO DA SAÚDE
ILHA RECREIO.
ILHA GAMA CERQUEIRA.
PARADA BREVES.
RIO LIMOEIRO- POR VOLTA DE 16 HORAS- VILA LAROCA.
PRAÇA DO PORTO- 18 HORAS.
ÁGUA NO AUTO POSTO CAIK.
"RUA DO CAP"- SÃO JOSÉ.
RENATO MIRANA, DA DEFESA CIVIL. TRABALHO DESDE AS PRIMEIRAS HORAS DO DIA.
Mín. 19° Máx. 22°